Após a crise de desabastecimento gerada pela paralisação dos caminhoneiros, que durou 11 dias, os setores afetados iniciaram o processo de normalização, mas o abastecimento de gás de cozinha continua apresentando problemas. Apesar de a Agência Nacional do Petróleo (ANP) informar que o fornecimento foi regularizado em Pernambuco, a reportagem da Folha de Pernambuco encontrou, nessa segunda-feira (4). muitos consumidores enfrentando dificuldades nas revendas para conseguir comprar os botijões.
No depósito da Recife Gás, localizado no bairro de São José, no Centro do Recife, os 1,5 mil botijões que chegaram não foram suficientes para atender a demanda. “A prioridade é o consumidor que está na fila. Toda a população está carente. Ontem atendi todo mundo e todos receberam o botijão”, disse o proprietário do local, Sérgio Antônio. Segundo ele, o problema é que muitos clientes estão aproveitando para revender o produto, o que causa filas grandes. Por isso, está distribuindo 100 fichas por dia para atender quem realmente precisa e, assim, evitar a revenda.
Consumidores de vários bairros do Recife, por exemplo, aguardam a normalização das vendas para ficar mais tranquilos. “Estou comendo coisas que não precisem do gás para serem feitas, usando o micro-ondas. Desde o primeiro dia da greve dos caminhoneiros estou nessa situação”, contou o servente Antônio Leandro.
Da mesma forma, na revendedora Ligue Gás, localizada no bairro da Mustardinha, a população aguarda o abastecimento dos botijões. De acordo com o proprietário do estabelecimento, Josinaldo Pereira, foram oito dias de paralisação no local. “Geralmente a gente recebe 250 botijões por dia, e a distribuidora fez a divisão por cliente, para que todos recebam. A nossa cota agora é de 120 botijões por dia, um caminhão por dia”, explicou Pereira. A aposentada Tânia Maria estava na fila à espera do botijão de gás. “Vou chegar na fila de quatro horas da manhã para tentar comprar, já faz quinze dias que estou sem gás”, disse.
Procon
Em relação à revenda dos botijões, o Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon-PE) informou que recebeu denúncias sobre essa prática. “Vamos apurar essas novas denúncias, que estão diminuindo. São vendas clandestinas de botijões por R$ 100 ou R$ 120 ou pessoas que estão escondendo o produto para aguardar reajuste e vender mais caro”, explicou o gerente de fiscalização do Procon-PE, Roberto Campos, ao acrescentar que existe dificuldade na identificação dessas pessoas, mas o órgão está atento. Os valores sugeridos pela ANP para cada botijão é entre R$ 55 a R$ 68.( Fonte:Folha PE.)
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