Juiz do interior de Mato Grosso recebeu R$ 503 mil em 1 mês.

Juiz disse que não estava nem ai com a polêmica do super salário.

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juiz Mirko Vincenzo Giannotte, da 6ª Vara da Comarca de Sinop, a 503 km de Cuiabá, recebeu R$ 503,9 mil em vencimentos no início deste mês, como consta no Portal da Transparência do Poder Judiciário de Mato Grosso. O valor corresponde a 536 salários mínimos.

Gianotte afirmou, por meio de assessoria, que o valor decorre de verbas atrasadas e que foram pagas coincidentemente de uma vez só.

Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autoriza o pagamento extra, que é referente ao período no qual o magistrado atuou em uma comarca de porte maior, entre 2004 e 2009, e recebeu salário menor que a função exercida.

Segundo a Corte, o salário-base de Giannotte é de R$ 28.947,55. Os R$ 503,9 mil pagos ao juiz no início de agosto, referentes à folha de julho, são divididos em:

  • R$ 300,2 mil de remuneração paradigma (o que inclui remuneração do cargo efetivo, gratificação de atividade judiciária, vantagem pecuniária individual, adicionais de qualificação, gratificação de atividade externa, gratificação de atividade de segurança)
  • R$ 137.522 de indenizações
  • R$ 40,3 mil, de vantagens individuais
  • R$ 25,7 mil de gratificações

Em julho, outros magistrados mato-grossenses receberam salários altos. Nove receberam salários acima de R$ 300 mil, por exemplo. O teto de remuneração para o funcionalismo público hoje é de R$ 33,7 mil.

No ano passado, a Corregedoria Nacional de Justiça criou um grupo de trabalho para analisar os salários e outras vantagens dos magistrados de primeiro e segundo graus. A comissão é composta por cinco juízes e conta com o apoio de servidores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em nota, a Associação dos Magistrados de MT argumenta que o pagamento está previsto no Artigo 124 da Lei Orgânica da Magistratura, onde diz que “o magistrado que for convocado para substituir, na primeira instância, juiz de entrância superior, perceberá a diferença de vencimentos correspondente, durante o período de afastamento do titular, inclusive diárias e transporte, se for o caso”.

 Veja a nota do juiz:

A diferença de vencimento por designação em entrância ou instância superior está prevista no artigo 124 da Lei Complementar n. 35/79 (LOMAN); artigo 219 da Lei Complementar n. 4.964/1985 (COJE), Resolução n. 72/2009 (CNJ).

A AMAM protocolou em 29/5/2009, o Pedido de Providências n. 18/2009 (Prt. Atenas 213.568) e em 2014, o então Presidente Des. Orlando Perri autorizou o pagamento da Diferença de Entrância no período de abril a dezembro/2009.

Recentemente no Pedido de Providências n. 0005855-96.2014, o CNJ afirmou que essa verba de diferença de entrância, não possui relação com as verbas glosadas e objeto de investigação.

Segundo matéria publicada no Uai.com.br O pagamento de R$ 503.928,79 em julho ao juiz Mirko Vincenzo Giannotte, titular da 6ª Vara de Sinop, do Mato Grosso, não foi autorizado pelo Conselho Nacional de Justiça. O esclarecimento foi feito pelo corregedor nacional de Justiça do CNJ, ministro João Otávio de Noronha, que determinou a abertura de pedido de providências “para suspender qualquer pagamento de passivos aos magistrados até que os fatos sejam esclarecidos”.

 Segundo Noronha, não houve aval para nenhum dos 84 pagamentos de valores vultosos feitos a magistrados pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso, referentes a substituições de entrância entre 2005 a 2009.

Nessa terça-feira (15), o juiz Mirko Vincenzo Giannotte disse que “não está nem aí” com a repercussão negativa do seu contracheque de meio milhão e que o pagamento foi “dentro da lei”.

O TJMT alegou ter feito os pagamentos amparado em uma decisão do ministro corregedor, de janeiro deste ano, em que foi autorizado o pagamento de R$ 29.593,08 a uma juíza referente a diferenças de substituição de entrância.

De acordo com o CNJ, a decisão foi específica e “não é extensiva a outros casos”, conforme portaria 104 da Corregedoria Nacional de Justiça, que suspendeu o pagamento de verbas do TJMT que ainda são objeto de investigação.

Pedido maior foi negado

Corre em sigilo no CNJ um outro processo que pedia autorização para pagar R$ 790 mil a um outro desembargador, mas a autorização foi negada, segundo Noronha.

Segundo o CNJ, o processo que levou à suspensão dos pagamentos de verbas aos magistrados do TJ do Mato Grosso em 2009 é complexo. O órgão informa que foram suspensos cautelarmente os repasses porque havia passivos “extremamente altos” e não devidamente discriminados e justificados pela administração do TJ.

Fonte: G1 e Uai

Voz da Mata Sul – em busca da informação.

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