Milionária causa polêmica ao dizer que “ser rica é difícil”

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Conhecida como baronesa Thyssen, Carmen Cervera, a sétima mulher mais rica da Espanha, incendiou as redes sociais ao declarar que “ser rica é difícil” e “é muita responsabilidade”.

Em uma entrevista publicada no jornal especializado em economia “Cinco Dias”, a aristocrata declarou: “Ser rico sempre é difícil, é pior do que ser pobre. Vem uma grande responsabilidade para si mesma e para as pessoas que dependem de você.”

A baronesa, que tem uma fortuna estimada em 900 milhões de euros, administra as obras de arte de uma das coleções privadas mais importantes do mundo e que foi herdada de seu marido, Han Heinrich Thyssen-Bornemisza, falecido em 2002.

Cervera nasceu em Barcelona em 1943, mas tem nacionalidade suíça. A milionária, que dedica seu tempo a hobbies como pintura e jardinagem, tem quatro secretárias para realizar suas atividades diárias.

“Eu sou rica em despesas de cobrança, não há benefícios. Nunca recebi nada dos Museus [Thyssen-Bornemisza, em Madrid, e Carmen Thyssen, em Málaga, na Espanha]. Eu pago as contas quando venho às reuniões do conselho e demais reuniões”, disse Cervera. “Eu só tenho quadros e propriedades. Não tenho liquidez”, insistiu.

A baronesa ainda denunciou a perseguição que, segundo ela, é realizada pelo ministro da Fazenda, Cristobal Montoro. Ele é o “culpado absoluto” por tudo, ressaltou, dizendo que “não se pode ir com a polícia em um barco”.

A queixa da baronesa faz referência à inspeção fiscal que sofreu do Ministério da Fazenda e da polícia em 30 de julho de 2015, em sua embarcação, quando estava de férias em Ibiza.

“Eu tenho tudo em ordem, todas as pessoas trabalham comigo há quase 30 anos. Quando eles dizem que vendi quadros a empresas sediadas no exterior, eu tenho que dizer que sou suíça e tenho contas neste país”, argumenta ela.

Inconformada com o que considera um tratamento abusivo da fiscalização espanhola, Cervera ameaçou levar sua coleção para outro lugar e disse que já teria “várias ofertas”, entre elas as de empresários de Cingapura, Hong Kong e Xangai.

As redes sociais foram tomadas rapidamente com críticas às palavras de Cervera.

“Quero ver alimentar uma família com 400 euros, isso sim.”

“Coitada. Tenho certeza de que ela preferiria ser uma refugiada síria.”

” Me ofereço como voluntário para receber o dinheiro de Carmen Cervera. Odeio ver o sofrimento das pessoas. Eu assumo a responsabilidade. Eu sou tão generoso”, escreveu o ator Raul Yuste.

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