Nesta Páscoa, não troque o Cordeiro pelo coelho!

Para judeus e cristãos, a Páscoa remete à passagem da escravidão para a liberdade.

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A verdadeira Páscoa nada tem a ver com coelhos ou chocolates, por mais lindos e saborosos que eles sejam. Sua origem está escrita no livro de Êxodo, que conta a história de sofrimento do povo judeu, escravizado no Egito. O povo clamou, e Deus enviou o socorro por meio das dez pragas que assolaram aquela terra conhecida por sua riqueza e poder. Após a última praga, que foi a morte de todos os primogênitos, Faraó determinou que os judeus saíssem imediatamente do Egito.

O capítulo 12 relata que Deus determinou que cada família deveria matar um cordeiro, sem mácula. O sangue do animal seria passado nas ombreiras e na verga das portas, e o Senhor passaria naquela noite pela terra do Egito, e mataria os filhos mais velhos de todas as casas que não tivessem a marca do sangue.

Nesta mesma noite, as famílias deveriam comer a carne do cordeiro assada no fogo, com ervas amargosas. Há alguma semelhança nisso com chocolates doces? Não. A Páscoa original remete ao sofrimento que o povo padeceu no Egito, e à libertação concedida por Deus. Está escrito em Êxodo 12.27: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas.

Por ser uma ordenança do Senhor, os judeus continuaram festejando a Páscoa, lembrando-se da sua condição de escravos libertos pela mão de Deus no Egito. Jesus também se lembrou desta festa, quando pediu aos discípulos que organizassem a ceia para celebração da Páscoa (Mt. 16.18). Naquela mesma noite, porém, Jesus foi preso. O cordeiro que seria morto nesta ocasião era o próprio Filho de Deus, que também traria liberdade ao povo, escravizado pelo pecado. “Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (I Co 5:7b).

Para judeus e cristãos, a Páscoa remete à passagem da escravidão para a liberdade. Aqueles foram libertos das mãos de Faraó e passaram a ser livres para seguir o caminho guiado por Deus. Estes foram libertos da escravidão do pecado e agora vivem livres em Cristo.

E de onde vieram os ovos e coelhos, já que a Bíblia nada cita a respeito destes e de outros símbolos que hoje são relacionados à Páscoa? Vieram de povos com tradições pagãs. Diferentes histórias explicam esta distorção na verdadeira história. Os celtas (cuja religião era rica em simbolismos e rituais) utilizavam o ovo nos rituais, pintavam os ovos e os enterravam, pois consideravam o ovo símbolo de renascimento. Esse povo também utilizava o coelho, como representação da fertilidade, originando-se o reconhecido coelho da páscoa. Egícios, persas e chinesas, na Antiguidade, também tingiam ovos, mas para presentear os amigos. A própria Igreja Católica, que lembra da ressurreição de Cristo durante a Páscoa, incorporou a tradição dos coelhos e ovos no seu discurso.

Infelizmente, a história que é amplamente divulgada, principalmente por conta dos apelos comerciais, é de uma Páscoa feliz desde que seja farta de bacalhau, ovos de chocolate caros e coelhinhos de pelúcia. Porém, a história que deve estar nos corações e lábios dos cristãos, é de uma Páscoa feliz com Jesus, aquele que morreu na cruz do Calvário, como um cordeiro, para transformar em filhos todos aqueles que o receberem como Salvador.

Feliz Páscoa, com Jesus, para todos!

Por: Mezaabe Vitor – em busca da informação

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