Depois de intensa negociação de advogados com a Polícia Federal neste domingo (10), Joesley Batista se apresentou à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Agora, o empresário deve seguir rumo à Brasília. Ricardo Saud, que também teve prisão decretada por Fachin, também organizou sua entrega.
O pedido de prisão foi feito depois de Janot concluir que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos. A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como complemento do acordo.
Na decisão de Fachin, a prisão temporária é necessária porque são múltiplos os indícios, confessados pelos próprios empresários, de que integram organização voltada à prática sistemática de delitos contra a administração pública e de lavagem de dinheiro.
A PGR também pediu a prisão do ex-procurador da República Marcelo Miller, mas Fachin disse que não há elemento indiciário com a consistência necessária à decretação da prisão temporária.
No sábado (9), a defesa do grupo J&F colocou à disposição os passaportes do empresário Joesley Batista e do ex-diretor de Relações Institucionais da holding Ricardo Saud. A defesa do ex-procurador Marcelo Miller também colocou os documentos dele à disposição.
A suspeita da Procuradoria-Geral da República com relação a uma possível omissão de informações nos depoimentos dos executivos do grupo de produtos alimentícios começou após a análise de áudios com conversa entre Joesley e Saud. A suposta ajuda de Miller para o fechamento do acordo de delação do grupo J&F foi levantada.
Os executivos prestaram depoimento à PGR na última quinta-feira (7), mas acabaram não convencendo a Procuradoria, que entendeu que o discurso de Joesley e Saud tinha apenas o objetivo de manter o acordo antes fechado.
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
Voz da Mata Sul – em busca da informação.
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