rganizações que lutam por melhores condições para detentos do Complexo do Curado creem que as próximas medidas anunciadas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos contra o Estado brasileiro terão mais rigor.
Editando, desde 2014, resoluções e medidas provisórias para correções de problemas que atingem a dignidade dos quase sete mil reeducandos, a entidade, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), visitou o local na semana passada. No cenário visto, entre outros pontos, a “favelização” dos corredores das unidades e áreas “VIP”, chamadas pelos próprios encarcerados de “Minha Cela, Minha Vida”, em alusão ao programa habitacional do Governo Federal.
Trata-se de uma espécie de aluguel, ao alcance de presos que negociam com chaveiros e comandantes do tráfico de drogas a estadia numa área menos pior.
O intuito é escapar de pontos onde dezenas de presos ficam amontoados. “As chamadas áreas “VIP”, bem entre aspas, são as menos superlotadas, mas não não para dizer que têm condições dignas para os presos”, afirma a coordenadora da ONG Justiça Global, Isabel Lima.
A Corte divulgou nota alertando para o risco de morte de presos do Complexo. A expectativa, segundo a Corte, é de que uma nova resolução seja emitida sobre o presídio até o fim deste mês. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, que acompanhou a visita da Cortem avaliou que juízes constataram melhorias no local.
Fonte:Folha
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