Marinha assume força contra piratas no Mar Vermelho em meio à guerra

Marinha assume força contra piratas no Mar Vermelho em meio à guerra

O contra-almirante Antonio Braz de Souza comandará as operações internacionais contra a pirataria no Mar Vermelho. Ataques explodiram com a guerra entre Israel e Hamas

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Marinha do Brasil assumiu o comando de uma força-tarefa internacional que combate a pirataria no Mar Vermelho. A região é uma das principais rotas comerciais marítimas e enfrenta uma série de ataques em meio à tensão no Oriente Médio, desencadeada pela guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza.

 

O representante da Marinha no comando das operações é o contra-almirante Antonio Braz de Souza, que assumiu o posto no final de janeiro, durante cerimônia em Bahrein. O país do Oriente Médio sedia as Forças Marítimas Combinadas, uma parceria naval que reúne 41 países. A iniciativa no Mar Vermelho é chamada Força-Tarefa Combinada 151 (CTF 151, na sigla em inglês), e é uma das quatro operadas pela iniciativa militar.

 

“Ao aceitar o convite para liderar esta força mais uma vez, a Marinha do Brasil, primeiro país sul-americano a desempenhar papel de destaque nesta coalizão marítima multinacional,  reafirma sua dedicação à comunidade marítima e, principalmente, às Forças Marítimas Combinadas. Esse compromisso visa intensificar a segurança e estabilidade global, contribuindo para o bem-estar coletivo”, discursou o contra-almirante ao assumir o comando.

 

É a terceira vez que o Brasil está à frente da CTF 151, que também combate o tráfico de pessoas e a pesca ilegal no Mar Vermelho.

 

Ataques em meio à guerra

 

Com a guerra no Oriente Médio, os ataques de piratas a navios cargueiros também se intensificaram na região. Empresas de transporte chegaram a cancelar as rotas que passam pela região. Milícias e grupos piratas, especialmente do grupo rebelde Houthi, do Iêmen, têm travado a passagem no Mar Vermelho, que reúne cerca de 15% do comércio mundial.

 

Navios de guerra dos Estados Unidos e outros países estão presentes na costa em apoio a Israel, e também são alvos dos ataques. A redução do comércio na região pode levar a atrasos e aumento de preços, inclusive do petróleo.

Fonte: Diário de Pernambuco

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