Mais de 600 mil pernambucanos estão sem ocupação. O Recife teve pior resultado entre as capitais.
Pernambuco teve a maior taxa de desemprego do Brasil no segundo trimestre de 2023, segundo dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram mais de 600 mil pernambucanos à procura de um emprego, o que representa 14,2% da população dessa idade.
A taxa de desocupação no Grande Recife foi de 16,9% no período, a maior entre as 20 regiões metropolitanas pesquisadas. A da capital pernambucana foi de 16,3%, a maior entre as capitais.
Os dados são da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), que é feita a cada três meses.
No trimestre anterior, o estado ficou na segunda posição, atrás da Bahia, com 14,1%. A variação foi de 0,1% entre um período e outro, o que, segundo o IBGE, é insignificante do ponto de vista estatístico. Mesmo assim, o percentual levou o estado para a posição negativa. No Brasil, o índice foi de 8%.
A amostra da pesquisa foi feita entre os meses abril, maio e junho, e foi dividida entre as seguintes categorias:
- 14 aos 17 anos, idades de estágios e do programa Jovem Aprendiz: 20 mil desempregados;
- 18 aos 24: 183 mil desempregados;
- 25 aos 39: 223 mil desempregados.
Busca por emprego
Desempregado desde maio deste ano, o autônomo Williams Soares, de 58 anos, conta que se sente disposto a trabalhar e busca mais qualificações.
“Está difícil, mas não é impossível. A gente tem que diversificar o nosso poder de atuação. Aparece muitos ‘freelances’ para mim, e são eles que estão sustentando a gente”, disse.
A esposa dele, Aldenise Leão, também é autônoma e está sem emprego fixo. Para ajudar nas despesas de casa, ela realiza serviços de estética, como limpeza de pele e depilação. O filho do casal, de 17 anos, também ajuda, vendendo coxinha na escola.
“Eu fico em casa, atendo em casa e também a domicílio. Está difícil, por isso resolvi fazer minha parte como mulher virtuosa”, disse Aldenise.
FONTE: G1
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