Número de mortos chega a 99, e perdas causadas por fogo são estimadas em pelo menos R$ 27 bilhões
Os incêndios florestais que ocorreram no Havaí na última semana estão entre os mais fatais do século XXI, com 99 mortos confirmados até esta terça-feira. Um vídeo que circula pelas redes sociais nesta terça-feira mostra os momentos vivenciados por alguns dos moradores que buscavam sair da região, àquela altura já tomada pelas chamas.
Nas imagens, é possível ver que havia ao menos três pessoas dentro de um veículo. Ao lado do motorista, um passageiro usava uma lanterna na tentativa de ajudá-lo a visualizar melhor o percurso, já que a fumaça obscurecia o espaço. Uma terceira pessoa, no banco de trás, filmava o que via ao redor: o fogo consumindo carros, casas, e a vegetação em meio a corpos jogados no chão. Assista ao vídeo (imagens fortes):
Os estragos causados fazem com que esse seja o segundo desastre mais letal dos Estados Unidos neste século, sendo superado apenas pelos incêndios na Austrália em 2009. Agora, equipes de emergência avançam nas buscas com cães farejadores, mas o comandante da Polícia de Maui afirma que “ninguém sabe a dimensão do desastre”.
De acordo com o governador do Havaí, Josh Green, os grupos de resgate devem “encontrar de 10 a 20 vítimas por dia até encerrarem seu trabalho”. Lahaina, cidade costeira da ilha de Maui, foi praticamente destruída pelas chamas que avançaram na madrugada da última quarta-feira. Os sobreviventes denunciam que não receberam nenhum alerta.
Além disso, há ao menos mil pessoas desaparecidas na região. Sobre elas, Green diz “não saber” se estão vivas. Em entrevista à imprensa local, ele esclareceu que não é possível afirmar que todos os desaparecidos morreram, mas acrescentou que não há “energia, internet, telefone ou rádio”, o que dificulta a comunicação.
O incêndio afetou ou destruiu mais de 2,2 mil estruturas no povoado costeiro de Lahaina e devastou mais de 800 hectares em duas ilhas do arquipélago havaiano, informou a Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema). As perdas são estimadas em ao menos US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões na cotação atual).
FONTE: O GLOBO
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