Os R$ 130 milhões que o governo de Pernambuco está pagando em auxílio emergencial para socorrer as vítimas das chuvas seria suficiente para concluir quase três das quatro barragens previstas para conter as cheias na Mata Sul do Estado.
O que está em discussão não é o fato de destinar os recursos para quem perdeu suas casas debaixo d’água, porque isso é inegociável e urgente. O que se questiona é como o desperdício de dinheiro público, em obras que se arrastam por uma década sem conclusão, resulta em prejuízo dobrado. Necessidade de gastar com ações paliativas, como o Auxílio Pernambuco, e de finalizar as barragens a um custo maior, diante de outro cenário econômico-financeiro e das estruturas que deterioraram.
Na histórica enchente da Mata Sul, em 2010, o então governador Eduardo Campos e o presidente Lula prometeram construir cinco barragens para conter as cheias nas bacias dos rios Una e Sirinhaém, que têm influência sobre 12 municípios e uma população de 200 mil habitantes. Das barragens de Gatos, em Lagoa dos Gatos; Barra de Guabiraba, no município de mesmo nome; Serro Azul, em Palmares; Panelas II, em Cupira e Igarapeba, em São Benedito do Sul; apenas a de Serro Azul foi concluída, em 2017.
Com as informações do JC Online
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