Os agentes de Vigilância em Saúde do Cabo de Santo Agostinho iniciaram nesta terça-feira (25), na Charnequinha, um mutirão de conscientização, prevenção e educação sobre as ações que a população deve tomar para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chicungunha.
A ação terá continuidade nesta quarta (26) no bairro de São Francisco. Na quinta (27) e na sexta (28), os agentes visitam as casas dos moradores de Pista Petra e Sapucaia. Na Charnequinha, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) registrou um aumento de mais de 60% de 2020 para 2021, onde já foram notificados 266 casos de dengue este ano. Com 179 casos de chicungunha registrados, o bairro aumentou a incidência da doença em quase 70% no mesmo período.
O município também vem apresentando índices preocupantes de presença do Aedes Aegypti nas residências. Segundo o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes Aegypti (LIRAa), os imóveis do Cabo de Santo Agostinho vêm apresentando um percentual crescente de presença do mosquito, chegando a 4,1% das casas com a presença de larvas do inseto vetor. Em relação aos reservatórios dentro das residências, esse índice sobe para 5,2% registrados no último levantamento amostral. Esses percentuais apontam para um risco de epidemia. O nível satisfatório para esse estudo é de 1%.
Fabianna Marjorie é coordenadora técnica de Controle Vetorial das Arboviroses da UVZ, órgão ligado à Gerência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde. Ela explica qual o objetivo dos técnicos da prefeitura neste trabalho de porta em porta. “Estamos fazendo o tratamento inspecional dos reservatórios com água acumulada nas casas, e dependendo do caso, usamos larvicidas para combater a proliferação. Esse trabalho é feito de dois em dois meses, mas desta vez estamos dando ênfase à limpeza de calhas, piscinas e outros reservatórios, além de estimular o morador a solucionar o problema ele próprio”, disse.
Ela salienta que o inverno é propício para a proliferação do mosquito causador da dengue, já que as chuvas aumentam o empoçamento de água, onde o inseto deposita seus ovos. “Queremos diminuir esses índices e sensibilizar a população. Medidas simples como fazer a inspeção semanal de caixas d’água, pote do motor da geladeira e vasos é importante. Não se pode deixar água parada dentro de casa, o Aedes Aegypti é atraído para ambientes com pouca luz”, salienta.
Fonte: PE em Pauta
COMMENTS