Governo do estado vai gastar R$ 300 mil em frutos do mar, peixes e frios

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IBOPE – Paulo Câmara é o mais rejeitado.

Mesmo no cenário de crise e corte de despesas, o governo de Pernambuco manteve os gastos para o consumo de salmão, camarão sem cabeça, polvo, queijos, carpaccio e pernil suíno e de cordeiro no Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife.  Nesta terça-feira (26) o gabinete do governador Paulo Câmara (PSB) abriu duas licitações para compra de R$ 302 mil com os alimentos, R$ 19 mil a mais que uma aquisição semelhante feita em 2016.

Somente com filé de peixe sirigado serão pagos R$ 59,3 mil por 600 quilos, de acordo com o Sistema Integrado de Gestão de Pernambuco, que detalha as compras. Para compra do salmão sem pele o executivo vai desembolsar R$ 14.617, 80 por 180 quilos e R$ 3,9 mil por 30 quilos de queijo do tipo suíço.

No edital de licitação a exigência é por alimentos “de primeira qualidade”. O camarão, por exemplo deve vir sem cabeça, com casca fina, rosada, de tamanho grande, congelados em saco plástico atóxico. Foram pedidos 150 quilos do produto a um custo de R$ 10,1 mil.

Foi solicitado ainda o camarão de tamanho médio, também rosado, com casca fina, sem cabeça e congelados em saco plástico atóxico. Neste, serão gastos R$ 2,7 mil por 30 quilos do crustáceo.

Já a ervilha verde deve ser selecionada em grãos, higienizada, congelada e acondicionada em saco de polietileno esterilizado. As embalagens devem pesar entre um a três quilos e os grãos devem estar firmes, intactos, com aspecto, cor, cheiro e sabor próprios, livre de fertilizantes, parasitas e larvas. Serão R$ 900 por 30 quilos.

Além da qualidade, o que chama atenção são os preços, alguns com valor de referência acima do praticado no mercado. No edital do governo o quilo do salaminho tipo italiano, por exemplo, sairá a R$ 77. Como o governo pediu trinta quilos, o custo será de R$ 2.310. No mercado o preço varia de R$ 45 a R$ 57.

Já o peixe beijupirá, em postas e sem cabeça custa R$ 74,95 o quilo. O palácio quer 100 quilos dele e vai pagar R$ 7,4 mil.  Os fornecedores têm até 16 de abril para fazer as propostas de venda.

blog OP9 procurou o governo do estado para questionar a necessidade do gasto e os valores de referência mencionados e recebeu a seguinte nota:

Os processos licitatórios Nº 015 e 016 de 2019 serão realizados na modalidade Pregão Eletrônico. O Pregão é um procedimento legal que visa à contratação, nesse caso, de suprimentos pelo sistema, permitindo que a empresa vencedora seja aquela que oferece o menor preço. A licitação em andamento é decorrente de uma previsão, e as compras e os pagamentos somente ocorrerão em caso de efetiva demanda dos gêneros solicitados. Ou seja, só será adquirido e pago aquilo que for demandando.

Do Portal OP9

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