BRASIL:Bancários entram em greve por tempo indeterminado nesta terça

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Os bancários de todo o país entram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira, dia 6. A paralisação é uma resposta aos bancos que, depois de dois meses de negociações infrutíferas, apresentaram uma proposta de acordo que não atende a nenhuma reivindicação da Campanha Nacional dos Bancários e ainda traz perdas para a categoria. Em Pernambuco, a greve foi aprovada em assembleia realizada na última quinta-feira, dia 1º .

presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, convoca todos os bancários a engrossarem a greve. “Precisamos construir um movimento forte desde o início para pressionar os bancos e garantir a retomada das negociações. A proposta apresentada pela Fenaban é a pior da última década. Precisamos avançar muito para poder fechar um acordo, mas os bancos já mostraram que não estão dispostos ao diálogo. Ou seja, só uma greve forte será capaz de mudar esta realidade”, diz Suzi.

Na última sexta-feira, dia 2, o Comando Nacional dos Bancários enviou um oficio à Fenaban para comunicar a deflagração da greve. Dois dias antes, o Comando já havia informado à Fenaban que está disposto a retomar negociações, desde que os bancos apresentem proposta que contemple as reivindicações dos trabalhadores, mas não houve nenhuma movimentação da parte da federação patronal.

“Os bancos querem aproveitar o momento político instável do Brasil para rebaixar a força dos bancários. Mas vão se decepcionar. Os trabalhadores unidos mostrarão toda sua força de mobilização na greve”, ressaltou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.

Pior proposta da década – Entre outros pontos, os bancos ofereceram reajuste de 5,5%, valor que não chega nem perto da inflação de 9,88%. “Representaria perdas de 4% para os trabalhadores”, destaca Suzi. A proposta prevê, ainda, abono de R$ 2,5 mil (pago apenas uma vez e não incorporado ao salário).

Além da perda, a proposta dos bancos não atendeu a nenhuma reivindicação dos bancários, que querem, entre outros pontos, reajuste salarial de 16%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e proteção ao emprego, vales-alimentação e refeição maiores.

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