Durante os quatro anos da gestão Jair Bolsonaro, o fantasma do caso das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro pairou sobre o Planalto. O ex-capitão deixou o poder, mas o espectro da rachadinha vai continuar rondando Brasília — só que agora encarnado em outro personagem.
O ex-deputado André Ceciliano (PT-RJ) assumiu o comando da Secretaria de Assuntos Federativos. Na época que eclodiu o escândalo das rachadinhas, ele comandava a Assembleia Legislativa do Rio e aparecia no topo da lista de suspeitos como beneficiário de quase 50 milhões de reais.
Os inquéritos que apuravam a rachadinha nos gabinetes de Flávio e Ceciliano foram arquivados, mas as investigações não foram encerradas. A Promotoria agora trabalha em outra linha: a de que o dinheiro detectado nas contas dos assessores do deputado, cuja origem ainda é desconhecida, na verdade foi movimentado para quitar uma dívida do parlamentar com um agiota que já tinha sido lotado no seu gabinete.
André Ceciliano diz que seu caso não guarda nenhuma semelhança com o que envolveu o filho do ex-presidente. “Minha história é diferente da história do Flávio. Não tinha dinheiro saindo do gabinete e indo para a conta do meu funcionário. Foi dinheiro de particulares, de empresas. No caso do Flávio, era do gabinete para pessoas”, explicou.
FONTE: VEJA
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